Silvicultura no Brasil

As Usinas independentes instaladas em Minas Gerais e, também, nos demais estados do Brasil, utilizam, no seu processo de produção de Ferro-Gusa, exclusivamente o carvão vegetal, através de uma tecnologia desenvolvida no próprio país.
Para a produção do carvão vegetal, inicialmente, foi utilizada madeira oriunda da supressão de florestas para crescimento da fronteira da agropecuária brasileira.
Após a aprovação da segunda versão Código Florestal, em 1965 (a primeira foi em 1934), que definiu uma nova política para utilização de madeira para fins energéticos, relativa ao meio ambiente e a transição para utilização somente madeira oriunda de florestas plantadas, confirmada pelo terceira versão do Código Florestal aprovado em 2012 e a Lei Florestal do estado de Minas Gerais, publicada em 2013.
Para isso muitas empresas investiram em projetos de reflorestamentos tornando-se autossuficientes, outras em parte e outras buscando o suprimento através de fomentos a produtores rurais que desejassem; também foram criadas empresas com atuação exclusiva do ramo, pois viram na silvicultura uma oportunidade de negócio.
A implantação dos projetos florestais, em Minas Gerais, via de regra, se deram em regiões mais carentes, por isso exercem, também, uma relevante função Social, pois geram emprego e renda para a população local, o que, muitas vezes, é demonstrado pelo aumento do IDH da região, após a implantação dos projetos.


Taxonomia

As espécies adotadas são dos gêneros botânicos “Eucalyptus” e “Corymbia” e estão entre as, aproximadamente, 700 já descritas; por suas características: a árvore cresce rapidamente e pode atingir 30 metros de altura em 7 anos (ciclo normal), com grande produtividade, podendo apresentar um rendimento médio de até 35 m³ de madeira por hectare por ano. Independentemente dos gêneros a que pertençam, as árvores continuam recebendo a denominação genérica de eucaliptos.


Usos Múltiplos da madeira do Eucalipto

Conforme já foi dito, o principal uso da madeira de eucalipto em Minas Gerais é na produção de carvão vegetal, consumido pelas empresas siderúrgicas e pelas produtoras de ferroligas. 
Porém a madeira do Eucalipto pode ter outras utilizações industriais como na produção de: celulose, papéis em geral, produtos cerâmicos, calcinação, compensados e chapas de aglomerados, madeira para móveis, como como combustível para geração de energia (termoelétrica) ou de calor (caldeiras) – biomassa – , construção de casas, pisos, mourões de cerca, postes de eletricidade, entre outras.
Também, de suas folhas, extrai-se um óleo essencial que é usado em produtos de limpeza, perfumes e medicamentos.
Em Minas Gerais, lenha e carvão vegetal são importantes componentes na matriz energética do estado, sendo superados apenas pelo petróleo.