Controle de Efluentes e Resíduos Sólidos

Efluentes Líquidos

No processo de produção de Ferro Gusa há uma utilização intensiva de água, principalmente na etapa de resfriamento do alto forno. Porém, com a implantação de sistemas eficientes de recirculação, em circuito fechado, do volume de água utilizado há um reaproveitamento, em média, de 93%, chegando até, em algumas indústrias, a 96%, o que, praticamente, reduz a níveis baixíssimos a emissão de efluentes líquidos, no processo.

Emissões atmosféricas

Fontes de emissões atmosféricas estão presentes em praticamente todas as etapas de produção de ferro-gusa. Alguns poluentes formam misturas gasosas no ar. Para controle dessas emissões, são utilizadas alternativas visando tratamento e limpeza do ar.

Sempre foi uma preocupação muito grande do setor, o controle das emissões atmosféricas. E isso ficou demonstrado quando, em 2001, por não existir uma legislação específica, juntamente com a Fundação Estadual do Meio Ambiente – FEAM, foi elaborada uma Deliberação Normativa (DN) COPAM no. 49 que, entre outras coisas, dispunha e definia limites, de acordo com a localização das usina, utilizando o conceito de “Carga Limite” para as emissões atmosféricas, seguindo padrões internacionais.
Para isso, o Setor, através do SINDIFER, e a FEAM constituíram uma equipe de trabalho para pesquisar e conhecer como era tratado em outros países, inclusive com visitas “in loco”. Foi um grande trabalho que teve como resultados, itens de controles comparadas aos padrões internacionais.
Por sua vez, as empresas se tiveram que fazer expressivos investimentos na adaptação de equipamentos, instalação de filtros de manga, purificadores de ar, coletores de umidade de impacto, controle de poluição no topo do alto-forno, entre outros.
Foi o primeiro Setor produtivo a ter uma iniciativa como esta.
A DN no. 49, teve sua vigência até 09/2013, quando revogada e foi substituída pela Deliberação Normativa (DN) no. 187, da COPAM, que estabeleceu novos limites para as diversas fontes fixas da empresa e de acordo com a composição dos gases e da característica dos particulados da emissão.
Foi dado um prazo para as empresas se adequarem, pois necessitava de investimentos.

Resíduos Sólidos

A geração de resíduos sólidos é um dos problemas enfrentados pela indústria siderúrgica. A preocupação com esses resíduos está relacionada com a diversidade e com o volume gerado. Os órgãos ambientais e também as indústrias chegaram à conclusão de que a poluição industrial é, na verdade, uma forma de desperdício e ineficiência dos processos de produção. Resíduos industriais representam, em muitos casos, perdas de matéria-prima e insumos. O gerenciamento de resíduos – redução, reutilização, tratamento e descarte final – é o caminho sustentável para dar continuidade a um processo industrial já implantado.
No caso de resíduos que não têm uso econômico, há várias alternativas para tratamento e descarte adequados. A deposição em aterros, por exemplo, é a alternativa mais adequada e usada quando o resíduo é estável, não prejudicial e não tem valor em quantidades recuperáveis.
Pesquisas e experiências práticas têm mostrado que alguns resíduos sólidos gerados na produção de ferro-gusa podem ter outros usos e diversas aplicações. Além dos ganhos ambientais, as aplicações significam novas perspectivas econômicas.
É importante salientar que qualquer aplicação requer uma caracterização das fontes geradoras. Para cada indústria há uma alternativa certa de gerenciamento, levando-se em conta alguns fatores, entre eles, a natureza do processo, localização geográfica e condições regionais.