A maior parte dos R$ 40 bilhões previstos em investimentos nos quatros leilões de concessão de rodovias federais, neste ano, em Minas Gerais, será aplicada nos primeiros sete anos das concessões.

A informação é do diretor da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Guilherme Theo Sampaio. Ele participou, nesta terça-feira (29), do 1º Seminário de Investimentos e Oportunidades da Infraestrutura em Minas Gerais, realizado pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), em Belo Horizonte.

Nesta semana acontece o leilão da concessão da BR-262, conhecida como Rota do Zebu, que fecha o calendário de grandes concessões rodoviárias no Estado em 2024. Os aportes de R$ 40 bilhões das quatro concessões leiloadas serão aplicados exclusivamente em Minas. “A grande parte desse investimento está concentrada até o sétimo ano de concessão”, disse Theo Sampaio.

O diretor da ANTT ainda afirma que no próximo ano está previsto o leilão da concessão do trecho da BR-040 de Juiz de Fora, na Zona da Mata, até o Rio de Janeiro (RJ), além de projetos em outros modais, como a renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA) à VLI Logística.

Todas as concessões devem totalizar aportes da ordem de R$ 100 bilhões na infraestrutura de transportes em Minas Gerais nos próximos anos.

Sobre os problemas de infraestrutura no Estado, Sampaio diz: “Vamos solucionar isso também, não só com novos projetos, mas também os [projetos] que não performam condizentemente, como na (rodovia) Fernão Dias, de Belo Horizonte a São Paulo”.

“A infraestrutura transforma por ser indutora de desenvolvimento, então estamos falando de emprego, de renda, de desenvolvimento social e econômico”, completa.

O governador Romeu Zema (Novo) esteve presente à abertura do seminário e fala sobre a importância do Estado garantir a investidores e empresários um ambiente seguro para a geração de emprego e renda, fomentando o desenvolvimento socioeconômico.

Nesse contexto, o chefe do Executivo lembra da parceria com o setor produtivo, sobretudo na discussão de projetos estratégicos que envolvem diferentes segmentos, como mobilidade e energia, e citou os R$ 400 bilhões de investimentos atraídos para o Estado durante sua gestão.

“A infraestrutura é fundamental e tudo depende de eletricidade, logística, boas comunicações e esse seminário vem exatamente para mostrar aquilo que está acontecendo aqui em Minas, ao reunir as maiores concessionárias, aquelas que ganharam a concessão do metrô, do Rodoanel e das rodovias mineiras”, aponta o governador.

Agência reguladora de Transportes de Minas Gerais

O diretor da ANTT apontou que a criação da Agência Reguladora de Transportes de Minas Gerais (Artemig) será ainda mais positiva para os investimentos que serão realizados no Estado no futuro.

“Nós teremos um mix de investimentos públicos, privados, seja federal ou estadual, que vão colocar Minas Gerais de volta na rota do desenvolvimento”, disse.

Guilherme Theo Sampaio afirmou que a ANTT irá contribuir com sua expertise na regulação de transportes para a criação da Artemig, caso seja interesse do governo estadual, para ter uma integração nacional com o Estado.

O secretário de Estado de Infraestrutura e Mobilidade de Minas Gerais (Seinfra), Pedro Bruno, disse ao Diário do Comércio que a criação da agência é prioritária para o governo estadual, e está otimista com a aprovação do projeto na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG).

O secretário declarou que a agência trará benefícios diretos à população, com maior transparência, governança e controle sobre as concessões. Pedro Bruno considera a criação da Artemig um passo natural em um momento que o Estado escolheu o caminho de avançar na atração de investimentos privados para infraestrutura.

“Uma vez aprovada, a nossa intenção é maior celeridade para colocar de pé e operacionalizar a agência. Como temos um pipeline robusto de projetos concedidos e mais um pipeline robusto de novos projetos que serão concedidos, ter a agência traz mais segurança, credibilidade e transparência à gestão desses contratos”, diz.

Fonte: Diário do Comércio.

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