A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) quer assumir a responsabilidade pelo Anel Rodoviário. Hoje, parte da rodovia é de responsabilidade do foverno federal. O prefeito e pré-candidato à reeleição ao Executivo municipal, Fuad Noman (PSD), disse que pediu ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a administração da rodovia.

O Anel é uma obra fundamental, emblemática para Belo Horizonte”, destacou durante encontro com jornalistas nesta sexta-feira (7), na sede da PBH, na região Central da Capital mineira.

De acordo com o ele, os recursos federais para as obras na rodovia estão garantidos e estão no orçamento da União para que sejam viabilizados os dois primeiros viadutos e para os demais estão sendo desenvolvidos os projetos. No caso do primeiro viaduto, “só falta o Dnit assinar”, segundo o prefeito.

É previsto o alargamento de oito viadutos ao longo da rodovia, mas que dependem do aval do departamento federal. “Estou muito otimista que este projeto saia rapidamente. Aí eu vou poder começar, pelo menos, dois viadutos este ano”, disse.

Em fevereiro deste ano, o prefeito e o presidente Lula acertaram os detalhes da liberação de R$ 65 milhões para obras no Anel Rodoviário. Os recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 3) para a primeira fase de intervenções na via: a construção de alças de acesso entre o Anel Rodoviário e a BR-040, e a ligação com a Via Expressa.

Ao todo, as intervenções propostas pela PBH envolvem oito pontos do Anel. A Prefeitura ficará responsável pela elaboração dos projetos e execução das obras, que incluem a construção ou alargamento de viadutos já existentes, alças viárias e passarelas. O investimento total estimado é de R$ 1,5 bilhão, com recursos do governo federal.

Histórico do Anel Rodoviário

O Anel Rodoviário de Belo Horizonte é uma via dedicada ao trânsito rápido e pesado de veículos que circulam pela capital mineira. Ele começou a ser construído no fim da década de 1950 e foi inaugurado em 1963 para desviar o tráfego de carga que crescia e passava pela área central da cidade. Entretanto, teve seu uso modificado, por conta do crescimento populacional da Região Metropolitana, e se tornou um dos corredores de trânsito urbano mais movimentados da cidade.

Com 26,2 quilômetros de extensão, o Anel Rodoviário começa na união das rodovias BR-262 e BR-381, na altura dos bairros Goiânia e Nazaré, na região Nordeste da Capital, e termina no encontro das rodovias BR-040 e BR-356, no bairro Olhos d’Água, na região Oeste.

Investimentos para 2024

Fuad Noman destacou o volume de obras que estão sendo feitas no curto espaço de tempo em que está no comando da PBH. “Dizem que eu não sou muito conhecido, só que eu quero é que as obras sejam conhecidas, pois elas é que são permanentes para a cidade”, frisou.

Em abril deste ano, o prefeito anunciou investimentos na casa dos R$ 3 bilhões para 120 obras públicas que estão sendo viabilizadas na Capital. Na ocasião, ele disse que as obras já estão em andamento ou começarão ainda este ano.

Os recursos para o plano de obras da PBH serão provenientes de empréstimos com instituições financeiras, como o Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento (BIRD), o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina (CAF), além de verbas do PAC, do saldo do Fundo de Saneamento e de Urbanização ou do próprio caixa da Prefeitura.

Apoio eleitoral

Além das obras, Fuad Noman falou sobre a disputa eleitoral. Eleito em 2020 como vice de Alexandre Kalil (PSD), Fuad Noman se tornou prefeito quando o titular tentou o governo do Estado em 2022. Com relação ao apoio de Kalil, o atual chefe do Executivo de Belo Horizonte disse que o ex-prefeito é uma liderança importante e que ele tem liberdade de escolha. “Ele está olhando o cenário”, ponderou.  E acrescentou que está na torcida para que Kalil o apoie na corrida eleitoral.

Além do seu partido, o PSD, o atual chefe do Executivo municipal conta com o apoio, até o momento, de mais três – União Brasil, Solidariedade e PRD -, sendo o União o partido com preferência na escolha do nome para ocupar o cargo de vice na chapa. Fuad se mostrou confiante na disputa com os outros pré-candidatos. “Eu espero vencê-los”, disse.

O prefeito também rebateu a crítica de que ele seria um “prefeito motosserra”, em razão dos cortes das árvores na região da Pampulha para a realização da Stock Car. Ele ressaltou que a PBH realizou medida compensatória, com o plantio de árvores na região.

Além disso, o político destacou que Belo Horizonte recebeu o certificado que atesta que a Capital é “Cidade Árvore do Mundo”, concedido pelo programa TreeCitiesof The World, da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO). “Além de Belo Horizonte, somente Juiz de Fora, tem esse certificado”, reforçou.

O documento foi entregue por representante da Sociedade Brasileira de Arborização Urbana (SBAU), entidade vinculada à Arbor Day Foundation, organização americana dedicada ao plantio de árvores. A iniciativa reconhece municípios que demonstram liderança em função de práticas arbóreas, como o manejo e preservação de árvores, florestas urbanas e espaços verdes.

Belo Horizonte é umas das 34 cidades brasileiras que se enquadram nas linhas de ação do projeto da FAO, que exige a existência de um levantamento para recursos arbóreos, assim como iniciativas de plantio e educação ambiental.

 

Fonte: Diário do Comércio.

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