Intercalando um mês positivo e outro negativo desde janeiro, a produção de aço bruto das siderúrgicas de Minas Gerais subiu 3,5% em abril ante o mesmo período de 2023, para 859 mil toneladas. No acumulado dos primeiros quatro meses do ano, o volume produzido chegou a 3,32 milhões de toneladas, o que representa um leve aumento de 1,4% frente a igual intervalo anterior.

Com esses resultados, Minas Gerais se manteve como o maior produtor de aço bruto do País. Conforme os dados do Instituto Aço Brasil, divulgados ontem (23), no mês passado, a produção da siderurgia mineira respondeu por 31,5% da nacional, e no quadrimestre, por 30,2%. Minas Gerais também continuou como líder estadual na fabricação de aço semiacabado para venda e laminado em ambos os comparativos. No quarto mês de 2024, a participação das usinas de aço do Estado na produção brasileira desse tipo de produto alcançou 28,7%, enquanto no acumulado entre janeiro e abril, o market share mineiro ficou na casa dos 29%.

Neste caso, apesar da liderança, a produção da siderurgia de Minas Gerais segue em queda. Em abril, foram fabricadas 712 mil toneladas de aço para venda e laminado no Estado, o que indica baixa interanual de 10,6% – a segunda consecutiva, após subir nos dois primeiros meses do ano.

No quadrimestre, o volume produzido atingiu 3,06 milhões de toneladas, uma retração de 1,6%.

Nacional – Nacionalmente, as siderúrgicas produziram 2,7 milhões de toneladas de aço bruto no mês passado, recuo de 1,1% frente ao registrado no mesmo período do exercício anterior. Já a produção de semiacabados foi de 566 mil toneladas, queda de 26,6%, enquanto a de laminados teve um leve aumento de 0,3%, para 1,9 milhão de toneladas.

No acumulado dos quatro primeiros meses deste ano, a produção das usinas de aço do País chegou a 11 milhões de toneladas, refletindo uma alta de 3,9% em relação à igual intervalo de 2023. Por outro lado, o volume produzido de semiacabados totalizou 2,8 milhões de toneladas, baixa de 5,2%, ao passo que o de laminados atingiu 2,8 milhões de toneladas, elevação de 5,1%. Ainda segundo a entidade, em abril na comparação com o mesmo mês do ano passado, as vendas internas da siderurgia subiram 9,5%, para 1,7 milhão de toneladas, e as exportações caíram 11,5%, para 740 mil toneladas. No quadrimestre, as vendas ao mercado interno chegaram a 6,6 milhões de toneladas, alta de 2,9%, e os embarques foram para 3,3 milhões de toneladas, aumento de 17,1%.

Outro importante indicador, o consumo aparente de aço atingiu 2,2 milhões de toneladas no último mês, representando crescimento interanual de 13,2%. Na comparação entre o primeiro quadrimestre deste ano e o de 2023, o consumo subiu 5,8%, marcando 8,1 milhões de toneladas.

Importações – A siderurgia brasileira enfrenta problemas, desde o ano passado, com a entrada massiva de aço do exterior, sobretudo da China, a ponto de diminuírem a produção, demitirem colaboradores e adiarem investimentos. E as importações não param de subir. Os dados mostram que, em abril, as importações atingiram 449 mil toneladas, volume 11,4% superior ao apurado em igual período de 2023, e acima da média mensal do último exercício, de 419 mil toneladas.

 

Fonte: Jornal Diário do Comércio.

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