Nesta quinta-feira, 10 de julho de 2025, foi realizada mais uma Reunião Plenária no SINDIFER.
Como já se esperava, o anúncio feito no dia anterior (09/07) da nova tarifa de importação sobre os produtos importados do Brasil, pela sua importância e potencial de impacto sobre o setor, tomou conta da pauta. A nova tarifa, conforme o comunicado feito pelo Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, através de carta endereçada ao Presidente Lula; trata-se de um acréscimo de 50 pontos percentuais às que estavam em vigor, sobre as importações, pelos EUA, de produtos brasileiros. As novas tarifas, também conforme o comunicado, passam a vigorar a partir do dia 01/08/2025.
Caso se confirme e entre em vigor, provocará um enorme impacto para os produtores de Ferro Gusa de Minas Gerais e do Brasil, já que os Estados Unidos são os maiores compradores do Ferro Gusa produzido em Minas Gerais.
Durante o encontro, foram debatidos temas relevantes para o setor, entre eles:
A busca por soluções para equilibrar oferta, que está maior que demanda, através da busca de novos mercados, principalmente para exportação, redução da produção algumas medidas e ações do governo que estão impactando as indústrias do setor, entre outras.
No entanto, em razão da alteração na política de taxação anunciada pelo presidente Trump na véspera da reunião (09/07), pela importância e seu potencial de impacto sobre o setor, o assunto ganhou destaque e dominou a discussão.
Em alguns momentos ficou muito acaloradas inclusive com sugestões diversas e, até extremas; porém o Presidente Fausto ponderou que o comunicado era muito recente, que, no comunicado estava explícito que os Estados Unidos estavam abertos a negociações, o que poderia provocar no governo brasileiro uma mudança na postura e abrisse a possibilidade do diálogo, porém. Comentou também que o momento é de cautela, de bom senso e de ter cuidado para não tomar medida precipitada. Sugeriu, também, que todos ficassem de sobreaviso para participação de reunião que poderá ser convocada caso haja alguma alteração no cenário, que possa exigir ações dos produtores. Vários participantes manifestaram da mesma forma e, em seguida, foi aprovada a proposta.
Outro assunto que foi colocado em discussão foi o de que a produção do estado está maior que a demanda, provocando um excedente que gera consequências como queda de preço, aumento de custos, entre outros.
A sugestão é que haja uma redução na produção; para isto ficou definido que cada produtor faça um estudo em sua indústria, tendo como objetivo a redução da produção, como exemplos, quem tem mais de um forno, deligar um ou mais, quem tem apenas um, “desligar uma máquina” ou funcionar no modo “intermitente”; as propostas com, principalmente, a quantificação da redução decorrente das ações, deverão ser apresentadas na próxima reunião, para consolidação.
Outro assunto que foi discutido foi a Fiscalização Coletiva do MTE; o Francesco, que está acompanhando de perto, fez um relato do estágio em que se encontra, comunicou o início do processo de análise de teste de explosividade da Moinha de carvão, que está sendo feita pelo IPT, contratado pelo SINDIFER; comentou também que o SESI e o SENAI já estão aptos a fazer todos as avalições e laudos exigidos na notificação; assim o associado que quiser ter uma proposta deles poderá solicitar.
Devido ao avançar da hora, os demais itens da pauta serão discutidos nas próximas reuniões.
Diante da complexidade do cenário, ficou deliberado que o setor aguardará um posicionamento oficial do governo brasileiro para, então, definir as medidas e decisões a serem adotadas.
Os demais itens da pauta serão discutidos nas próximas reuniões.
Mais uma vez, o SINDIFER reafirma seu compromisso com a defesa dos interesses de todas as empresas produtoras de ferro gusa em Minas Gerais, atuando com responsabilidade, diálogo e união pelo fortalecimento do setor.