As compras e as vendas dos distribuidores de aços planos cresceram em abril na comparação com março deste ano, seguindo uma tendência que tem sido observada desde o início do ano, porém em índices menores. A sensação de que o preço do aço não cairá mais proporcionou uma aquietação no mercado, deixando os valores estáveis com relação ao mês passado. Além disso, as importações retraíram em 2,7%, ante março.
A análise é do presidente do Instituto Nacional dos Distribuidores de Aços Planos (Inda), Carlos Jorge Loureiro, ao divulgar o desempenho dos distribuidores de aços planos associados. De acordo com ele, as empresas vinham numa ascendência de importação preocupante já que as usinas estavam querendo evitar perda de mercado para o material importado. Entretanto, “com a posição do governo de criar uma taxa de 25% para aquilo que excedesse a média de importação de três anos (2020,2021 e 2022), o mercado começou a sentir que os preços não cairiam mais e resolveu aguardar o resultado das cotas”, comenta.

As importações de aços planos, de acordo com o relatório do Inda, encerraram abril com queda de 2,7% em relação ao mês anterior, com volume total de 242,3 mil toneladas contra 249,1 mil. Porém, no acumulado do ano, ou seja, de janeiro a abril, o registro foi de alta de 25%. Porém, se comparado com o mesmo mês do ano anterior (161,0 mil toneladas), as importações cresceram 50,5%. “É um aumento realmente considerável. Se a regulamentação das cotas não entrarem em vigor, o que acredito que possa acontecer em junho, a expectativa será de novo recorde de importação”, avalia Loureiro.

Já o índice dos estoques registrou alta de 1,5%, subindo de 903 mil toneladas no mês anterior para 916 mil em abril, resultando num giro de estoque de 2,8 meses, porém menor do que vinha sendo apresentado. Ainda segundo Loureiro, o aumento do estoque enquanto os preços do aço estão em queda é natural por parte dos distribuidores e este movimento foi sentido nos últimos meses. Porém, “a sensação de estabilidade dos preços, resultou num aumento pequeno, mas um aumento das compras”, explica.

De acordo com os dados, as compras do mês de março registraram alta de 13,4% perante março, com volume total de 345,7 mil toneladas contra 304,9 mil. Frente a abril do ano passado a alta foi quase 9% (8,7%), quando foram comercializadas 318 mil toneladas. Com relação às vendas, o mês de abril contabilizou alta de 7,2% quando comparado ao mês anterior, atingindo o montante de 332,1 mil toneladas contra 309,8 mil. Alta que de acordo com Carlos Loureiro, ficou dentro das expectativas.

Sobre o mesmo mês do ano passado, foram vendidas 301,1 mil toneladas, registrando alta de 10,3%. No acumulado do ano, o crescimento das vendas foi de 0,2% com relação ao mesmo período de 2023, somando 1,2 milhão de toneladas. “Essa melhora de vendas de abril fez com que a gente saísse de um terreno que vinha negativo para o positivo”, comentou Loureiro, evidenciando uma pequena melhora no acumulado do ano.

Por dia útil, os dados apresentaram uma melhora nas vendas, atingindo média diária de 15,5 mil toneladas, alta que o presidente atribui ao maior número de dias úteis em abril (22). Ao comparar com a média histórica, o índice não se configura como o melhor, mas foi considerado por Loureiro como “razoável”.

Projeções – Para maio deste ano, o presidente do Inda, Carlos Loureiro, ressalta que esperam crescimento. “A expectativa é que, para maio, tanto as compras quanto as vendas tenham um crescimento de 3,5% em relação a abril”, estima o presidente da entidade.

Fonte: Diário do Comércio.

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