A Citygusa Siderurgia, referência no mercado há 27 anos, tornou-se, em 2024, uma das usinas de ferro-gusa a carvão vegetal no Brasil a obter a EPD (Declaração Ambiental de Produto). Com uma produção anual de 72 mil toneladas, a empresa de Pedro Leopoldo (MG) atende tanto o mercado nacional quanto o internacional, destacando-se pela exportação para a América do Norte.

Desde sua fundação, em 1997, a Citygusa aposta na modernização e na sustentabilidade como pilares de atuação. Conta com uma equipe de aproximadamente 150 empregados diretos, apoiada por uma ampla rede de cerca de 3 mil colaboradores indiretos.

Membro da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) desde 2016, a empresa reduz emissões de carbono ao usar biomassa renovável como principal insumo. “Nosso gusa low CO₂, ou gusa verde, emite 58% menos CO₂ do que a média global, comprovando que eficiência industrial e preservação ambiental podem caminhar juntas. Essas certificações aumentam nossa competitividade internacional e geram retornos financeiros e ambientais”, afirma Luiz Felipe Bhering de Carvalho, diretor da Citygusa.

A importância da EPD e seus benefícios – A EPD, amplamente valorizada nos mercados americano e europeu, é uma ferramenta estratégica que comprova a sustentabilidade de produtos por meio da Análise do Ciclo de Vida (ACV). “A certificação é voluntária no Brasil, mas essencial para mercados internacionais. Ela permite transparência ambiental, o que é decisivo para atender consumidores e parceiros que priorizam práticas sustentáveis”, explica Paulo Henrique Silva, consultor da ACCESS Engenharia e idealizador do projeto.

O processo da EPD avalia impactos ambientais como emissões de gases de efeito estufa, consumo de energia e uso de recursos naturais. Além disso, exige o registro em bases de dados internacionais, como o Sistema EPD®, ampliando a visibilidade de produtos sustentáveis.

Reconhecimento internacional e inovação operacional –  Outro marco da Citygusa foi a conquista, em 2022, do Certificado de Verificação de Emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) pela Société Générale de Surveillance (SGS). “Mapeamos e monitoramos todas as etapas produtivas, garantindo confiabilidade nos dados. Isso fornece informações que poderão reduzir futuras emissões de CO₂, além de aumentar a eficiência operacional e estabelecer metas claras para gestão das emissões.

Com essa trajetória, a Citygusa reafirma seu posicionamento no setor siderúrgico. “Queremos ser reconhecidos como uma empresa que faz a diferença para o meio ambiente e para a sociedade. O desenvolvimento sustentável é o caminho para o futuro”, conclui Luiz Felipe Bhering de Carvalho.

Para Fausto Varela, presidente do Sindicato da Indústria do Ferro em Minas Gerais (SINDIFER), a obtenção da EPD pela Citygusa representa uma grande conquista; reflete o compromisso das indústrias siderúrgicas de Minas Gerais com a sustentabilidade e a transparência, pois mostra, de forma confiável, os impactos ambientais do produto ao longo do ciclo de vida. “São iniciativas como essa que fazem a diferença e é muito bom saber que outras siderúrgicas do setor estão no mesmo caminho”, afirma.

“Esperamos, e estamos totalmente empenhados para que aconteça, que, em breve, o ferro gusa produzido em Minas Gerais, utilizando o carvão vegetal oriundo de florestas plantadas, seja reconhecido como um produto sustentável, alinhado com as exigências, possa utilizar esta vantagem competitiva nas comercializações no mercado global, em preferência e valorização,  em relação ao produzido nos demais países, os quais utilizam coque (carvão mineral), que é fóssil e emissor de Gases de Efeito Estufa (GEE), como termo redutor”, destaca Varela.

 

Fonte: SINDIFER.

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