A indústria brasileira está iniciando 2025 pessimista. É o que o indica o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei), da Confederação Nacional da Indústria (CNI), que caiu 1 ponto no primeiro mês do ano, passando de 50,1 pontos para 49,1 pontos. Esta é a quarta baixa consecutiva do Icei, que acumula queda de 4,3 pontos desde setembro do ano passado.

Com o resultado, os empresários industriais voltaram a ficar pessimistas após 20 meses de otimismo e/ou neutralidade, já que a última vez que o índice esteve abaixo dos 50 pontos foi em maio de 2023.

O gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo, explica que o pessimismo faz com que os empresários tendam a adiar decisões com relação a investimentos, aumento de produção e contratações, na expectativa de um cenário mais favorável. “Isso pode se traduzir em uma melhora do próprio índice e, depois, nas decisões de negócio”, explica.

Em janeiro, todos os componentes do índice recuaram, sobretudo a avaliação das condições atuais das empresas e da economia brasileira. O Índice de Condições Atuais, por exemplo, recuou 2,3 pontos para 44,2 pontos.

A avaliação dos empresários é que as condições atuais da economia brasileira e das suas próprias empresas estão se tornando mais negativas na comparação com os seis meses passados.

Já o Índice de Expectativas caiu 0,4 ponto para 51,5 pontos. Detalhadamente, as expectativas sobre os próximos seis meses da economia brasileira se tornaram mais negativas, enquanto as expectativas dos empresários acerca dos próximos seis meses de suas próprias empresas seguiram positivas, apesar do recuo em janeiro.

Vale dizer que o Icei é uma pesquisa mensal da CNI que mede a confiança dos empresários da indústria. Para esta edição, a CNI consultou 1.232 empresas: 469 de pequeno porte; 459 de médio porte; e 304 de grande porte, entre os dias 7 e 13 de janeiro de 2025.

Mineiros estão confiantes, mas resultado da indústria no Estado deve ser menor em 2025

A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) divulgou no fim do ano passado suas expectativas quanto ao desempenho do setor para 2025. No geral, a entidade disse que a indústria extrativa deve crescer 2,8%; os serviços industriais de utilidade pública 2,6%; a construção civil 2,2%; e a indústria de transformação 1,8%. Todos os resultados são inferiores ao que a Federação estimava, até então, para 2024.

Já o Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei) divulgado pela Federação em novembro mostrou os industriais mais otimistas para os próximos seis meses. Porém, na época, a economista da entidade, Daniela Muniz, explicou que várias incertezas impediam uma confiança maior.

 

Fonte: Diário do Comércio.

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