Minas Gerais registrou novo recorde no saldo comercial desde 2020. Foram U$$ 13,2 bilhões no primeiro semestre deste ano, conforme dados divulgados nesta sexta-feira (5) pela Secretaria de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Secex/Mdic).

No acumulado dos seis primeiros meses de 2024, as exportações do Estado apresentaram alta de 4,3%, enquanto as importações retraíram 2,8%, na comparação com o mesmo período do ano passado.

Minas Gerais respondeu por 12,93% das exportações brasileiras neste período. O mestre em administração e gestor da unidade Floresta da Estácio, Alisson Batista, observa que os minérios, em especial, o minério de ferro, foram os destaques das vendas do Estado para o mercado externo, com participação de 34,5% no primeiro semestre, com alta de 13,2% nas exportações frente aos seis primeiros meses de 2023.

Nas importações, a retração de 2,8% foi resultado de recuos da comercialização de veículos automóveis (-10%), combustíveis minerais (-14,5%), produtos químicos orgânicos (-37,5%) e adubos (-25,6%).

Nesse período foi verificado aumento das importações de máquinas e equipamentos mecânicos. O incremento foi de 13,2%, e as importações de máquinas, aparelhos e materiais elétricos permaneceram estáveis.

No acumulado do primeiro semestre, no País, os dados da Pasta mostraram que o saldo comercial foi de US$ 42,310 bilhões, 5,2% menor que o observado no mesmo período de 2023. O desempenho foi resultado de exportações de US$ 167,609 bilhões e importações de US$ 125,299 bilhões.

Superávit da balança comercial de Minas Gerais também foi verificado em junho

Em junho, o superávit da balança comercial de Minas Gerais foi de US$ 2,1 bilhões, com as exportações alcançando US$ 3,4 bilhões e as importações US$ 1,3 bilhão, conforme o levantamento do Mdic.

No sexto mês de 2024 frente igual época do ano anterior, as exportações mineiras caíram 4,6% e as importações, 8,1%. O Estado foi o segundo maior exportador do País, com participação de 11,6%, atrás de São Paulo, com 17,6%. No Brasil, o superávit foi de US$ 6,7 bilhões em junho de 2024, queda de 1,9% nas exportações e alta de 4,4% das importações frente ao mesmo mês de 2023.

As exportações de café, sementes e frutos oleaginosos (predominância da soja) e açúcares registraram expansão, respectivamente, 24,5%, 14,2% e 10,9% em junho deste ano na comparação ao mesmo mês do ano passado, enquanto apresentaram queda as exportações de minérios (-1%) e de ferro fundido, ferro e aço (-43,5%).

O especialista observa que o principal destino das exportações de Minas Gerais em junho de 2024 foi a China, com participação de 44,8% no valor total. Os Estados Unidos ocuparam a segunda posição, com 8,3%. Os dois países também foram as principais origens das importações, com participação de 24,4% e 13,2%, respectivamente.

Para Batista, as perspectivas para o desempenho da balança comercial mineira devem continuar positivas no segundo semestre deste ano, período normalmente mais intenso na economia. “A demanda internacional pelos produtos do Estado deve se manter”, diz.

Em 2023, o resultado foi positivo, com superávit da balança comercial de Minas Gerais de US$ 24,5 bilhões, alta de 8,2% em comparação a 2022. O incremento tem relação com uma forte queda de 11,8% nas importações do Estado, visto que as exportações, embora não tenham subido, apresentaram somente um recuo irrisório de 0,5%.

 

Fonte: Diário do Comércio

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