O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira (03), renovando máximas e encostando na marca dos 162 mil pontos, em movimento sustentado principalmente pelo avanço das ações da Vale e apostas ainda robustas de queda de juros nos Estados Unidos na próxima semana.

Na expectativa da decisão do Federal Reserve no próximo dia 10, agentes financeiros repercutiram uma bateria de dados econômicos norte-americanos nesta sessão, incluindo relatório da ADP que mostrou fechamento de 32.000 postos de trabalho no setor privado em novembro, ante previsão de criação de 10.000 vagas.

De acordo com a ferramenta FedWatch, da CME, o mercado precifica uma chance de 89% de um corte de 0,25 ponto percentual pelo Fed na próxima semana.

Em Wall Street, o S&P 500 chegou a trabalhar com sinal negativo, mas terminou o pregão com elevação de 0,3%.

De acordo com o analista de investimentos Alison Correia, cofundador da Dom Investimentos, além do efeito externo positivo, a performance das ações na bolsa brasileira também reflete a forte distribuição de dividendos e o patamar de recompra de ações anunciado recentemente pelas empresas.

“Está tendo muito pagamento de dividendo, os papéis estão subindo, e nós estamos no maior nível de recompra de empresas da história”, afirmou.

Destaques

– VALE ON avançou 3,23%, em pregão bastante positivo para o setor de mineração e siderurgia, com USIMINAS PNA subindo 7,59% e CSN ON fechando com ganho de 5,48%, enquanto CSN MINERAÇÃO ON valorizou-se 2,58% e GERDAU PN terminou com alta de 2,72%. No caso da Vale, analistas do BTG Pactual reiteraram recomendação de compra para as ações após evento da mineradora em Londres na véspera, avaliando que a companhia virou a página em relação aos problemas legados (desafios institucionais, Brumadinho, Samarco, instabilidade operacional) e está recuperando a confiança dos investidores. Eles também destacaram que a vantagem de geração de caixa (FCF) em relação às concorrentes australianas é notável e ainda não está totalmente incorporada nos preços.

– PETROBRAS PN e PETROBRAS ON subiram 0,75% e 1,24%, respectivamente, endossadas pela alta do petróleo no exterior, com o barril de Brent fechando com acréscimo de 0,4%. No setor, PRIO ON valorizou-se 4,66% com dados de produção de novembro também de pano de fundo.

– BRADESCO PN caiu 2,76%, pressionando na ponta negativa, em sessão de queda para a maioria das ações dos bancos que fazem parte do Ibovespa. SANTANDER BRASIL UNIT fechou com decréscimo de 1,29% e BANCO DO BRASIL ON recuou 0,63%, enquanto ITAÚ UNIBANCO PN ficou estável. BTG PACTUAL UNIT fechou em alta de 1,63%.

– B3 ON recuou 2,05%, também pressionando o Ibovespa, em meio a ajustes, após alta na véspera, bem como desempenho robusto em novembro, quando subiu mais de 18%.

– BRASKEM PNA avançou 4,19%, tendo no radar nota do colunista Lauro Jardim, de O Globo, de que voltou a esquentar o acordo para transferir a participação da Novonor, antiga Odebrecht, na Braskem à IG4 Capital. A nota acrescenta que o contrato caminha para ser assinado até a semana que vem.

Conteúdo distribuído por Reuters

 

 

Fonte: Diário do Comércio.

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