Minas Gerais registrou uma queda de 2,4% na produção de aço bruto em março deste ano sobre igual intervalo de 2024, de acordo com dados do Instituto Aço Brasil. No período, as siderúrgicas do Estado produziram 832 mil toneladas do material. Foi o primeiro recuo de 2025: em janeiro cresceu 9,3% e, no mês seguinte, 1,8%.
Apesar da redução, o Estado ocupou o topo do ranking de produtores, com 28,3% de participação no total fabricado nacionalmente. Logo atrás, ficou o Rio de Janeiro, com 28,2%, seguido pelo Espírito Santo, com 22,7%, e São Paulo, com 6,5%.
No País, foram fabricadas 2,9 milhões de toneladas de aço bruto, avanço de 6,6%. As usinas paulista, fluminense e capixaba, que elevaram a produção em 24,5%, 20,4% e 2,7%, respectivamente, puxaram o resultado positivo, compensando o desempenho mineiro. Em fevereiro, o volume produzido caiu 1,6% e, no mês anterior, subiu 2,4%.
No acumulado do primeiro trimestre, Minas Gerais produziu 2,5 milhões de toneladas, alta de 2,8% em relação a igual período do exercício anterior. Novamente na liderança entre os produtores, o Estado respondeu por 29,8% do montante brasileiro, de 8,5 milhões de toneladas. Nacionalmente, o percentual de crescimento foi o mesmo.
Fabricação de semiacabados e laminados
De maneira oposta à produção de aço bruto, a siderurgia mineira registrou, em março de 2025, aumento ano a ano de 10% na fabricação de semiacabados para venda e laminados, para 874 mil toneladas, o que representa 30,2%, a maior parte do volume nacional. A siderurgia brasileira produziu, ao todo, 2,9 milhões de toneladas, incremento de 5,8%.
O resultado do terceiro mês do ano não foi suficiente para compensar a queda de 6,2% registrada em fevereiro, portanto, Minas Gerais fechou o primeiro trimestre com baixa anual de 1,1%, totalizando 2,3 milhões de toneladas fabricadas. Mesmo com a redução, o Estado foi líder entre os produtores, com 28,9% de participação. Considerando as siderúrgicas do Brasil inteiro, foram fabricadas oito milhões de toneladas, recuo de 0,8%.
Vendas internas, exportações e importações de aço
Em março, as vendas internas e as exportações da siderurgia nacional alcançaram os maiores níveis de 2025. E as importações brasileiras de aço atingiram o maior patamar da história. Foram 1,9 milhão de toneladas vendidas internamente, alta de 10,7% frente a igual intervalo de 2024, e 970 mil toneladas enviadas para o exterior, aumento de 7,8%. O volume de importados chegou a 663 mil toneladas, avanço de 36,5%.
O principal destino das exportações foi os Estados Unidos, com 662 mil toneladas e 68,1% de participação. Desde o dia 11 do mês passado, o aço exportado pelo Brasil para os norte-americanos têm uma tarifa adicional de 25%, o que pode afetar os resultados dos próximos meses. O governo federal tenta reverter a situação em negociação com a Casa Branca, enquanto o setor apoia o restabelecimento de um acordo de cotas firmado em 2018.
No caso das importações, os chineses foram responsáveis por enviar 448,1 mil toneladas de aço ao Brasil, o que corresponde a 67,6% do total. Para frear as remessas da China e, consequentemente, o volume de produtos que entram no País, as siderúrgicas brasileiras querem que o governo amplie o mecanismo de defesa comercial adotado atualmente.
Fonte: Diário do Comércio.